quarta-feira, 17 de outubro de 2007

5º Parte - Um novo integrante


Março de 2005. As gravações estavam paradas, os ensaios meio devagar, e o clima geral da banda era um pouco desanimador. Ainda estávamos apenas com o Renan na guitarra. Por coincidência, minha prima que estava morando em Sorocaba há pouco tempo, era casada com um cara que tocava guitarra. Até então ninguém conhecia ele. Esse cara era o André.

Ele morava em São Paulo, e vinha todos os finais de semana para vistá-la. Ele já conhecia a nossa banda e até tinha visto a gente tocar em um bar aqui em Sorocaba (ainda com o Igor na guitarra).Aos poucos fizemos amizade com ele, e percebemos que ele curtia várias bandas que nós também gostávamos.Resolvemos convidá-lo para tocar no Oscaravéio. O Bruno e o Henrique que fizeram o convite. No início eu não achei boa a idéia de chamá-lo, pois eu sabia que o André tinha outra banda em São Paulo. Imaginei que ele não iria se dedicar ao Oscaravéio da maneira que esperávamos.


Convidamos ele para fazer um ensaio e sacamos rápido que ele era um músico muito talentoso. Ele tinha uma expereriência muito grande com bandas, já tinha tocado em várias outras bandas muito boas. Nós estávamos em uma fase meio para baixo, desanimados, mas com a vinda do André, os ânimos se renovaram. Não tem como negar, o André trouxe gás novo para a banda, trouxe idéias, dicas de como tocar, e além de tudo tornou-se um grande amigo de todos.

Iniciávamos alí, uma nova fase do Oscaravéio. Todos nós crescemos muito musicalmente nesse época, pois o André sabia tocar todos os instrumentos e sempre dava boa dicas. Ele me ensinou muitas coisas na bateria.

Estávamos todos empolgados com o André e decidimos retomar as gravações do disco. Ao entrar em contato com o estúdio, ficamos sabendo que as músicas que as músicas que havíamos gravado (umas 4 ou 5 ainda imcompletas) haviam sidos perdidas. Ocorreu um problema no computador, e todos os arquivos foram perdidos. Foi desanimador.

Mas por um lado foi bom, pois decidimos começar as gravações do zero, afinal o André tinha um outro estilo de tocar, e não ficaria legal se o disco tivesse músicas gravadas pelo André e outras pelo Igor.

Em paralelo com as gravações, começamos a fazer alguns shows para divulgar a nova formação.


O primeiro show com o André foi no aniversário de um amigo nosso, o Alexandro (popular Itu). A festa foi em uma chácara.

Tinha bastante gente, e muita bebida também. Foi a melhor maneira de "estreiar" o André. Fizemos um repertório com algumas músicas nossas, e um monte de cover para animar a galera.


Nessa festa estavam muitos amigos nossos, como o próprio aniversariante Alexandro, Zuca, Negão, Gnomo, Stanley, Marquinho da Muleta, Sig, e o Abelhinha (Marcos).

Os caras eram zuera demais. E com a banda tocando dae que a festa pegou fogo. Todo mundo cantava, dançava, jogava cerveja pra cima!

Depois do Oscaravéio, rolou uma outra banda, a Helter Skelter, que era formada pelo André no baixo, Renan na guitarra, Ricardo na guitarra, Fábio (meu irmão) no vocal e eu na bateria.

Nós tocávamos só cover de bandas anos 60 e 70.



Todo mundo bebeu demais, mas umas das figuras que marcou foi o Marqinho da Muleta, que de tão chapado, nem foi dormir em uma cama ou sofá, e dormiu sentado em uma cadeira lá na área mesmo.


No outro dia cedo a esposa do Alexandro foi lá acordá-lo e levou ele para dentro.

Foi um final de semana de muita diversão, bebidas e rock n roll. Tenho certeza que ninguém esqueçerá desse final de senama.

Gostaria de terminar este post, falando de uma pessoa que mencionei um pouco acima, o Abelhinha. Infelizmente ele faleceu neste ano de 2007, ainda muito jovem, aos 27 anos. Quem conheçeu o Abelhinha, sabe o quanto ele era um cara adorável, amigo, e sempre alegre.Tivemos o previlégio de iniciar a nossa nova formação com a presença do Abelhinha. Valeu pela amizade e pelas boas risadas que demos juntos.

Um grande abraço à todos e até o próximo post!

Flávio


Fotos:


1 - André

2 - André e Bruno, em um dos primeiros ensaios com a nova formação

3 - André

4 e 5 - André nas gravações do disco

7 - Em pé da esquerda para direita: Flávio, Bruno, Henrique e André. Agachados: Zuca e Abelhinha.

8 e 9 - Oscaravéio tocando

10 e 11 - Marquinho da Muleta

domingo, 7 de outubro de 2007

4º parte - A saída do Igor

Nós não tínhamos a grana para pagar a gravação. Precisávamos dar uma boa parte do dinheiro logo no início da gravação, e o restante seria parcelado. Como nós achávamos que o disco deveria ser gravado de qualquer maneira, fizemos um empréstimo, ou melhor, o Igor fez um empréstimo. Ele emprestou o dinheiro no serviço dele, e aos poucos nós fomos pagando.Com a grana na mão, demos início às gravações do disco!

Já havíamos gravado o cd coletânea Armazém de Bandas, mas ainda eramos inexperiêntes com gravações em estúdio. Eu principalmente tive muita dificuldade. Foi muito difícil tocar com metrônomo. Perdemos muito tempo com as gravações da bateria, o que significava prejuizo para nós.O estúdio que estávamos gravando apresentava problemas com a disponibilidade de horários livres. Talvéz por excesso de trabalho, mas nós sempre ficávamos várias semanas sem gravar, equando conseguíamos horário, o nosso rendimento não era tão bom.
A nossa falta de experiência, com a quase frequente indisponibilidade do estúdio, resultou em aproximadamente 6 meses de trabalho e nenhuma música pronta.

Nessa época o clima na banda não era dos melhores.A demora para sair o disco, e mais alguns problemas internos na banda, resultou com a saida do Igor, o nosso guitarrista base, e um dos fundadores do Oscaravéio.A saida do Igor foi inevitável. Há algum tempo ele estava "distante " da banda, e a impressão que tínhamos é que ele queria sair da banda e não falava nada.Como não podíamos ficar naquela situação, resolvemos chamá-lo e pedir para que ele saisse da banda.Para nós, ele já tinha saido da banda fazia tempo, apenas não havia oficializado isso para nós.E alí terminava a jornada do Igor.

Ficava para nós a lembrança de um integrante que sempre fez de tudo pela banda, que ajudou a formar e a levar o Oscaravéio no ponto onde estava.A fase que ele nos "abandonou", não manchou nem um pouco tudo o que ele fez de bom para a banda, mas a decisão já tinha sido tomada por nós 4, e não voltamos atrás.

Infelizmente não temos fotos desta época, apenas as histórias mesmo.

Resolvemos dar um tempo nas gravações. Os ensaios continuram porém só com o Renan. O nosso som perdeu um pouco de peso sem a guitarra do Igor, mas estava indo bem só com o Renan na guitarra.Começamos a pensar em um outro guitarrista para integrar a banda.Estava difícil de achar alguém, mas eis que surge do nada, uma pessoa que iria mudar completamente a banda.

No próximo post falarei sobre esta figura que surgiu no nosso caminho!

Um grande abraço!
Flávio